quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Breve História das Conservações

Certa vez, um rapaz estava estacionando sua motocicleta na calçada. Por um descuido, o veículo caiu no chão. O rapaz ficou extremamente aflito e preocupado com o estado que sua moto poderia ficar após esta queda. Quando a colocou na garagem de casa percebeu que o guidão tinha entortado em um dos lados. Tentou desentortar com as próprias mãos mas a tentativa foi em vão. Então lembrou que seu pai tinha um cano longo de ferro e bem resistente. Encaixou a abertura do cano na manopla do guidão e puxou. Com facilidade o guidão desentortou e voltou para sua posição original.Ele usou o conceito simples de alavanca. Sabia que neste simples fato existe um princípio de conservação envolvido?

A imagem ilustra, não por acaso, um ser humano, da antiguidade, usando este sistema para mover uma pedra. Ele consegue mover a pedra com uma força bem menor que o próprio peso do objeto. Existe uma clara compensação entre a força que se aplica e a distância entre o ponto de aplicação da força e o apoio no chão (uma outra pedra menor). Um dos primeiros pensadores que nos esclareceram deste fato foi Heron, de Alexandria, que dizia que "o ganho de um efeito vital da natureza representava uma perda, correspondente, em outro elemento natural" (LINDSAY).

Segundo Parmênides, de Eleia, lá por volta de 470 a.C. escreveu um poema que dizia que, dentre outras coisas, a verdadeira mudança não ocorre senão perante os nossos olhos, a mudança é impossível enquanto a existência é atemporal, uniforme, necessária e imutável. Ele percebia a diferença de comportamento que era feito em face de algumas coisas que ocorriam. Como alguém chamar a laranja de maçã – a laranja não vai deixar de ser laranja nem vai perder suas propriedades por que alguém passou a chamá-la de maçã. Percebemos que esse pensamento mostra a ideia de constância, algo que não se modifica perante a mudança.

Percebeu como essas ideias são antigas? Algo que você utiliza hoje, como as alavancas, já eram aprendidas e refletidas pelos sábios da antiguidade. Que tal você pensar um pouco mais e apontar outros fatos aos quais podemos ver (ou perceber) mais princípios de conservação?

Escrito pelo Professor Ms. Daniel Japiassú (TEIXEIRA JAPIASSÚ, D. V.)

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